Realização: Sara Nunes Ideia Original: João Rapagão e Sara Nunes
O Primeiro Siza é um documentário sobre as Quatro Casas, a primeira obra de Álvaro Siza, concebida enquanto estudante, e o impacto da arquitectura na vida das pessoas. A partir do reencontro, 60 anos depois, entre o arquitecto e Fernando Neto, seu primeiro cliente e proprietário de uma das casas em Matosinhos, o filme revela como este projecto foi decisivo na sua carreira. Com entrevistas a Siza, aos habitantes das casas e ao crítico Francesco Dal Co, bem como imagens actuais e de arquivo, a narrativa mostra de que forma a arquitectura e a vida dos moradores se entrelaçam ao longo do tempo.
6 OUTUBRO 2025 - ESTREIA EM PORTUGAL






“O Primeiro Siza não é apenas um olhar sobre o passado, mas uma reflexão sobre o poder da arquitectura enquanto acto social.”
“Num tempo em que a crise da habitação domina o debate público, O Primeiro Siza convida a repensar o papel da arquitectura nas nossas vidas: “Mais do que construir casas, importa pensar nas vidas que nelas se constroem. Que tipo de cidades — e de países — queremos construir? Porque tudo começa na casa”
realizadora Sara Nunes
Outro Documentário sobre Álvaro Siza?
Outro Documentário sobre Álvaro Siza?
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O reencontro entre Siza e Fernando Neto revela a dimensão colaborativa e participativa do projecto, que se estendeu desde a concepção até à construção. O filme explora as tensões do processo, como o dilema da escada — que os carpinteiros temiam não ser segura — e o conflito sobre a varanda, rejeitada por Siza mas defendida pela família. Essas negociações, desafios e adaptações contribuíram para uma obra de identidade única, transformando-a num verdadeiro laboratório de experimentação formal e construtiva.
Este passo inaugura a trajectória de Álvaro Siza e antecipa elementos da sua linguagem. “Foi uma experiência muito rica para a minha formação!”, lembra.
Reflectindo sobre a forma como era visto na época, afirma: “Na altura, mesmo com 21 anos, tinha mais poder do que hoje!” E conclui: “Já sei que existem muitas exposições, muitas conferências, muitas notícias nos jornais (...) mas a realidade é que há — não é um desinteresse — é desprezo pela arquitectura e pelos arquitectos!”
O Primeiro Siza não é apenas um olhar sobre o passado, mas uma reflexão sobre o poder da arquitectura enquanto acto social. O filme revela como as casas se tornam testemunhos vivos das histórias daqueles que nelas habitam. Cada elemento da casa — das escadas ao portão — carrega uma história pessoal: um nascimento, um namoro, uma brincadeira, um concerto. “A arquitectura não são apenas paredes e tectos, mas espaços que transformam e definem as experiências de vida”, afirma a realizadora Sara Nunes.
Sara Nunes (realizadora do documentário)
[ Making-of ]






“O filme realizado por Sara Nunes regista com qualidade e rigor o essencial desta longa história. Um filme com muita frescura e autenticidade.”
ÁLVARO SIZA
EXIBIÇÕES
Estamos a preparar a tour de O Primeiro Siza e à procura de parceiros locais que queiram acolher uma sessão especial do filme na sua cidade ou região, a partir de Outubro de 2025.
Se gostariam de fazer parte desta tour e levar o documentário — e a sua história sobre o impacto da arquitectura na vida das pessoas — à vossa comunidade, cliquem no botão abaixo e iniciem connosco esta conversa.
24 de Abril 2025
MUSEU SERRALVES
Porto, Portugal
Sessão privada
Setembro 2025
POWER STATION ART
Shangai, China
Sessão privada
1 de Outubro 2025
FUNDAÇÃO CALOUSTE GULBENKIAN
Lisboa, Portugal
Estreia
REVIEW “O PRIMEIRO SIZA”
JOEL CLETO
“Um belíssimo filme! (…) Este filme contudo não é um filme sobre arquitectura, também é um filme de arquitectura. (…) Este filme debruça-se mais sobre a relação de uma família que viveu nestas casas. É um documentário de arquitectura sim, mas é um documentário muito interessante sobre a importância da arquitectura na concepção do habitar. Recomendo vivamente a todos os espectadores que tenham a possibilidade de assistir este filme de realização de Sara Nunes com a colaboração do arquitecto João Rapagão . Eu tive a oportunidade de ver este filme, lá em Serralves e fiquei completamente vidrado no filme.”
O que dizem sobre o filme: